Rosinha e o amor por sua filha, Bruninha. Tanto amor, que dói na alma. Tanto amor que o luto mistura dias tristes com o sorriso diante das memórias. A filha que aproveitava cada segundo para estarem juntos. A filha que não parava. A filha que voou, foi para os lugares que sempre amou, levar alegria. A filha que voou para o céu e para o coração, imensa mora na imensidão. Bruninha fica para sempre. Assim é, assim deve ser, assim merece ser, para sempre.
“Amor passa por cima de tudo, tem força de uma leoa, um amor lindo e verdadeiro, tão lindo que a falta dói na alma.”
Eu sou Rosinha, mãe da Bruna Ploner, para sempre.
Amor passa por cima de tudo, tem força de uma leoa, um amor lindo e verdadeiro, tão lindo que a falta dói na alma. Amor de mãe e filha não tem nem como descrever. A mãe gera por nove meses, amamenta, cuida, passa noites sem dormir. Cresce, escola, jogo de basquete, judô.
“Sofreu muito preconceito, mas conseguiu ser a primeira mulher brasileira a pilotar avião.”
Bruninha sonhava ser piloto de avião, eu estive sempre ao seu lado, companheiras uma da outra. Ela estudou, fez horas de voo e foi trabalhar como piloto privado. Sofreu muito preconceito, mas conseguiu ser a primeira mulher brasileira a pilotar avião, trabalhava onde saltavam paraquedista (Boituva, Chile e Goiânia).
“No ano de 2021 foi para QATAR como atleta. Trouxe quatro medalhas para o Brasil. Nos finais de semana fazia freelancer como paraquedista em filmagens.”
Veio a pandemia. Começou a estudar para ser paraquedista. Tirou carteira de paraquedista. Desde os 18 sonhava em entrar no exército. No ano de 2020, após vários testes conseguiu, como atleta de paraquedismo e 3º Sargento.
No ano de 2021 foi para QATAR como atleta. Trouxe quatro medalhas para o Brasil. Nos finais de semana fazia freelancer como paraquedista em filmagens.
No dia 24/04/22, às sete horas da manhã fez o primeiro salto daquele dia, estava filmando as pessoas que a contrataram (já fazia isso há algum tempo), às nove horas resolveu fazer um salto particular, por conta própria. Uma manobra errada e o paraquedas jogou ao chão. Veio o socorrista, ambulância, mas não havia o que fazer, houve muitas fraturas.
“Meu luto tem dias mais tristes que alegres.”
Meu luto tem dias mais tristes que alegres. Algumas vezes lembramos e sorrimos com as coisas que ela fazia, ao mesmo tempo, ficamos muito tristes por saber que não vamos mais ver e sentir seu cheiro, ouvir sua risada, tudo que alegrava a nossa casa.
Saudade dói demais, dói a alma. Deus me deu uma filha maravilhosa e com 33 anos de muita alegria ele a pegou de volta. Lá em cima ela leva alegria e energia muito grande, alegrando em outro plano espiritual.
“Não deixava ninguém ficar parado, animava todos em sua volta.”
Minha amiga, companheira, minha filha, saudades enorme e dolorida. Tudo lembra minha filha, seu sorriso, sua alegria e até mesmo seu pavio curto. Qualquer coisa que aconteça pensamos “e se fosse a Bruninha? Resolveria rapidinho!” Se estávamos meio parados, “bora jogar!” (War, banco imobiliário ou xadrez, com meu marido. Não deixava ninguém ficar parado, animava todos em sua volta. Tudo lembra a Bruninha.
No dia das mães, aniversário ou dia dos pais , era a primeira dar parabéns, ligava logo cedo. Sempre a primeira. Tudo lembra você, Bruninha.
“Fez um ano de muita saudade, do seu cheiro, do seu sorriso, das nossas conversas, todo dia conversávamos. Muita saudade.”
Fez um ano de muita saudade, do seu cheiro, do seu sorriso, das nossas conversas, todo dia conversávamos. Muita saudade. A Bruninha fazia de tudo para arrumar tempo e estar com a gente, até o último segundo ficava juntinho da gente.”
Autoria: Rosinha Ploner
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